Os preços do café subiram quase 10% na bolsa de Nova York, reflexo das anormalidades climáticas nas principais regiões produtoras do grão
Com o reflexo das geadas, os preços do café em Nova York subiram quase 10% no pregão desta segunda-feira, 26. Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, as tendências para o mercado do grão ainda é de alta, já que as geadas não afetaram somente o Brasil, mas o mercado internacional como um todo.
“A bolsa de Nova York abriu com muita alta logo cedo na manhã desta segunda-feira, chegando a bater 2600 pontos de alta. As altas tem sido fortes, em decorrência da seca que tivemos no segundo semestre do ano passado e no primeiro semestre deste ano. Além disso, houve duas geadas sendo que a última da semana passada, foi uma geada de grande proporção que afetou não só o Brasil mas o mundo”, pontua.
O analista ainda ressalta que as expectativas de uma nova frente fria façam as cotações do café atingirem patamares mais elevados. “Com possibilidade de uma nova frente fria que deve chegar na próxima quinta-feira, os preços estão novamente subindo, o mundo está sem estoque e com volumes muito baixos, tanto nos países consumidores, quanto no Brasil”, explica.
Carvalhaes ainda reitera que havia expectativas que a próxima safra pudesse superar a atual, contudo as projeções não são favoráveis. “Estamos colhendo uma safra de ciclo baixo que quebrou por conta da seca do primeiro semestre. A safra do ano que vem que seria de ciclo alto, se esperava uma supersafra que pudesse compensar a quebra desse ano, contudo já não vai ser uma supersafra, com volume menor que a safra 2020 e a cada dia que se passa vemos que as perdas são ainda maiores”, conclui.
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