Caprinos – Lactação e Desmama

Caprinos – Lactação e Desmama

Os caprinos são animais mamíferos, isto é, até certa idade, só se alimentam com o leite materno. Portanto, da quantidade e da qualidade do leite produzido pela cabra dependem a saúde, a precocidade e o desenvolvimento dos cabritos.

O leite é secretado (produzido) e excretado (lançado para fora), pelas glândulas mamárias, que entram em plena atividade pelo estímulo produzido pelo parto e devido à produção de um hormônio chamado prolactina, para que as cabras possam amamentar suas crias. As cabras possuem normalmente 1 úbere e duas tetas, lado a lado. No entanto, existem cabras que possuem 3, 4 ou 5 tetas ?extras?, às vezes dando leite em todas, mas isso não é normal e é, até mesmo, um defeito grave. Essas cabras devem ser eliminadas da reprodução, por uma série de razões, principalmente porque é um fator hereditário e pode se “alastrar” por todo o rebanho.

Normalmente, os cabritinhos começam a ruminar antes dos 30 dias de idade, o que significa que o seu rúmen já está “trabalhando” e já pegam, também, as forrageiras e a ração dadas às cabras. Como a qualidade e a quantidade do leite produzido não dependem somente da capacidade leiteira da cabra mas, principalmente, da alimentação por elas recebida, é necessário que durante a lactação lhes seja administrada uma alimentação fresca, saudável, nutritiva e bem equilibrada, na qual elas encontrem os elementos de que necessitam para uma boa lactação.

Nos climas temperados, elas devem receber de 5 a 8% do seu peso vivo e nos tropicais, de 3 a 5%. Quanto mais concentrado comerem, mais leite produzem as cabras. As em lactação podem receber até 700g de ração por dia, sem problemas, desde que tais quantidades sejam economicamente viáveis. Na França, dão 1kg de ração e feno de alfafa. Quando a temperatura é superior a 25 ºC, baixa o consumo de ração.

A produção leiteira das cabras varia, sendo em geral:

– de 300 a 500g por dia, para as cabras nacionais e
– de 1,5 a 2litros, em média, para as raças importadas.

A produção vai aumentando desde o parto, atingindo o seu máximo entre 30 e 60 dias e depois vai diminuindo. Naturalmente, a quantidade de leite produzido varia, não só de acordo com a capacidade leiteira, determinada por fatores genéticos ou hereditários, mas também por outros fatores como a alimentação, temperatura, clima, manejo, etc. Para controlar a capacidade leiteira das cabras temos, ou que medir em litros o leite que produzem ou então, o que é melhor, pesá-lo, pois é mais garantido.

Quando bem alimentadas, elas acumulam reservas nutritivas durante a gestação, para suprirem as suas necessidades durante a lactação, que exige um grande esforço fisiológico e mesmo físico, podendo provocar um grande desgaste do seu organismo.

As cabras de alta potencialidade genética (alta produção), quando em lactação, devem receber alimentos na base de 7 a 8% do seu peso-vivo (PV). Já para as de baixa potencialidade genética, o aconselhável é 3 a 4% do seu PV. Quanto mais come, mais leite produz a cabra, naturalmente, até o limite imposto por sua capacidade leiteira, genética ou capacidade do seu úbere.

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3 de outubro de 2018 12:07

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