A análise é do professor de economia da USP Celso Grisi. Para ele, isso vai manter as exportações brasileiras em alta
A China, principal parceiro comercial do Brasil, anunciou meta de crescimento econômico acima de 6% ao ano. O país asiático foi a única grande nação a crescer no ano passado, com alta de 2,3% no PIB, após a inédita paralisação quase total da economia para o combate à Covid-19.
Para alguns especialistas, a projeção de crescimento em 6% é modesta. Já para o professor de economia da Universidade de São Paulo (USP) Celso Grisi, esperar muito mais do que isso seria imprudente, visto que a China precisa reduzir seu déficit orçamentário. “Portanto, a política fiscal será um pouco contracionista”, diz.
Segundo ele, a liquidez do sistema financeiro oficial será menor, contendo a inflação no país, ainda que a custo de reduzir o nível de crescimento. Mas, para ele, o que importa é o objetivo chinês: crescer com qualidade. O país querer milhões de empregos, aumentar salários e aumentar o consumo do mercado interno.
“Entra em cena a projeção do Partido Comunista Chinês de que o mercado de consumo privado vá alcançar, em 2030, R$ 12,7 trilhões. Para o agro brasileiro, é uma notícia espetacular. Vai garantir exportação de grãos, proteína animal e de um conjunto de outros produtos, como bens manufaturados”, afirma.
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