Descorna

É uma operação destinada a evitar o crescimento dos chifres nos animais novos e a eliminá-los nos de mais idade ou em casos de necessidades ou acidentes.

Grandes e muitas são as vantagens. Entre elas, temos as seguintes:
– Os animais descornados ficam mais mansos e mesmo medrosos, porque se sentem desprotegidos sem as suas armas naturais, que são os chifres. Por isso, não atacam os homens ou outros animais, diminuindo as brigas;
– Evita que se firam, desvalorizando seus couros e que adquiram infecções ou sofram, muitas vezes, graves ferimentos ou mesmo que encontrem a morte;
– Facilita e torna mais econômico o transporte das reses por trens, caminhões, navios ou qualquer outro veículo porque, no mesmo espaço cabe um maior número de animais descornados do que com chifres;

– As brigas entre os animais se tornam menos freqüentes no rebanho, o que concorre para maior tranqüilidade desses mesmo animais e em conseqüência dando maior produção;
– Os animais descornados ficam com melhor aparência e por isso alcançam melhores preços no mercado;
– Como torna os animais sempre mais dóceis e mansos, facilita o manejo dos rebanhos e diminui o perigo de acidentes, quer para as reses, quer para os tratadores, pelo menor perigo de serem atacados e chifrados, o que já tem causado graves ferimentos e mesmo a morte de muitos boiadeiros;
– As mesmas instalações podem comportar maior número de animais, quando descornados, o que possibilita grande economia na construção de currais, estábulos, etc.

Como fazer a descorna

A descorna é uma operação bastante simples, mas que requer alguns cuidados, para que sejam evitados acidentes e para que seja realizada com sucesso. Três são os processos empregados:
Causticação
Empregado nos animais novos, de 5 a 10 dias. Para isso, é empregado um bastão de soda ou potassa cáusticas no lugar em que se encontra o “botão” do chifre. Para que a soda ou potassa não escorram, deve ser colocada uma camada de vaselina ou graxa em volta do lugar da aplicação.

Nos bezerros de 10 a 20 dias de idade, que já têm os botões córneos, isto é, dos chifres, é preciso, primeiro, com a ponta de uma faca ou canivete, retirar os botões para depois ser passado o bastão.

Há necessidade de usar uma faca ou canivete, porque somente o bastão não resolveria o problema.

Ablação


É empregado para animais de maior idade, já adultos, em caso de necessidade ou acidentes, quando os bois, por exemplo, quebram os chifres. A operação é feita da seguinte maneira:

Na base do chifre é colocado, um pouco inclinado, o gume de um escopro, que é uma espécie de formão. A seguir, com um martelo, vão sendo dadas pancadas secas, ao mesmo tempo em que o escopro é mudado de lugar, em torno do botão do chifre e até que este seja retirado.

Depois de terminada a operação, o local deve ser propriamente desinfetado com um anti-séptico.

Misto

É o terceiro método usado para a descorna e assim chamado porque, na mesma operação, são empregados os dois processos anteriores, ou seja, o da causticação, com o emprego dos bastões de soda ou potassa cáusticas e o da ablação, no qual são usados canivetes, facas ou bisturis. Portanto, neste método, um processo suplementa o outro.

Este método misto é muito empregado na descorna de búfalos, pois as crias desses animais já nascem com 5 a 10cm de chifres, o que dificulta muito a operação.

Além dos instrumentos mencionados, existe um especialmente empregado em descornas ou seja, o descornador.

Pelas vantagens que apresenta, a descorna vem sendo empregada pelos criadores, em escala cada vez maior. Com ela é possível obter maiores produções e maiores lucros com os animais.

Adubo para Grama

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25 de novembro de 2019 22:26

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