De janeiro a setembro, alta é de 42,9% na quantidade embarcada e de 51,9% no valor recebido em dólar, na comparação com o ano passado
Em nove meses de 2020, o Brasil já superou os resultados obtidos com a exportação de carne suína em todo o ano passado. É o que apontou levantamento divulgado nesta quinta-feira (8/10) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Até agora, já foram embarcadas 764,9 mil toneladas neste ano, número que supera em 42,9% o total exportado no mesmo período em 2019 (534,9 mil toneladas). O saldo acumulado em 2020 ultrapassa, inclusive, as exportações totais do ano passado, que foram de 750 mil toneladas.
O mesmo desempenho também pode ser verificado no saldo em dólares das exportações. Entre janeiro e setembro, as vendas de carne suína do Brasil somaram US$ 1,677 bilhão – 51,9% a mais do que no mesmo período de 2019 (US$ 1,103 bilhão). O acumulado em 2020 também é maior que toda a receita obtida em 2019 (US$ 1,597 bilhão).
Considerando apenas setembro, as vendas do setor totalizaram 86,5 mil toneladas, volume 33% superior ao efetivado no mesmo período de 2019 (65 mil toneladas). Em receita, a alta mensal é de 34%, com US$ 188,5 milhões, contra US$ 140,5 milhões no ano passado.
“Temos boas expectativas quanto à manutenção deste ritmo ao longo dos próximos meses. Os indicativos fortalecem as previsões da ABPA de alcançarmos número próximo de 1 milhão de toneladas exportadas em 2020. Isso sem impactar na oferta de produtos para o consumidor brasileiro”
Ricardo Santin, presidente da ABPA
Principais destinos
A Ásia segue como principal promotor das exportações, com destaque para a China, que aumentou suas importações em 133% neste ano em comparação com 2019. O país comprou, no total, 376,7 mil toneladas.
Em segundo lugar, aparece Hong Kong, que importou 131,6 mil toneladas (+14%). Cingapura, com 41,9 mil toneladas (+61%), ficou em terceiro lugar. Já o Vietnã elevou suas importações em 205%, com 32,9 mil toneladas embarcadas em 2020.
Preços em alta
Além dos bons negócios, o preço dos suínos segue em alta, segundo monitoramento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP). Na maioria das praças acompanhadas, as cotações do suíno vivo estão em alta neste início de outubro, influenciadas pelo típico aquecimento na demanda doméstica nesse período.
Além disso, a oferta de animais em peso de abate ainda é reduzida. No mercado de cortes, pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de o setor apontar dificuldades no repasse das altas do suíno vivo aos preços internos, o incremento na demanda neste início de outubro favoreceu as valorizações.
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