Em nota, federação aprovou o aumento de 30% no seguro rural.
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) afirmou nesta sexta-feira (19/6), em nota, que, ainda que o Plano Safra 2020/21 não seja o reivindicado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), “é o possível dentro do atual cenário econômico brasileiro e mundial resultante da pandemia do Covid-19”.
Sobre o seguro rural, a federação aprovou o aumento de 30%. “Nós privilegiamos o seguro rural porque acreditamos que crédito não gera seguro, mas seguro gera crédito. Um produtor bem assegurado consegue alavancar crédito. E não apenas nos bancos, mas também em outras operações de crédito que serão cada vez mais comuns”, disse economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz.
Na nota, Luz destaca a situação vivida pelo setor produtivo nos Estados Unidos, país que gasta, segundo ele, em torno de US$ 12 bilhões ao ano com subsídio ao seguro. “Isso dá mais que R$ 60 bilhões. Para se ter uma ideia, esse é o valor total gasto pela agricultura brasileira em quatro anos, incluindo todos os custos do Ministério e estatais”, afirma.
Ele lembra que, há três anos, o valor destinado ao seguro era de R$ 200 milhões. No plano atual, é de R$ 1 bilhão e, para o ciclo 2020/21, será de R$ 1,3 bi. “O Plano Safra acertou muito na principal política. Ele tirou dinheiro de banco e botou no seguro. E quanto melhor segurado um produtor estiver, mais baixo serão os juros para ele”, ressalta.
Sobre a taxa de juros de 6% para os produtores que não se enquadram no Pronaf ou nas categorias de pequenos e médios, a avaliação da Farsul é de que a pandemia acabou por transformar o cenário econômico, não viabilizando o pleito da CNA, que era de 3%.
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