Gestação das coelhas

Gestação das coelhas

A gestação ou prenhez é o resultado da concepção, após a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides, formando os ovos e começa exatamente no momento em que eles se fixam no útero. Significa, portanto, que a coelha tem em seu útero ovos se desenvolvendo, passando pela fase de embriões e depois transformando-se em fetos que se encontram dentro de “bolsas d’água” independentes e envolvidos pelas membranas e matérias fetais, ou seja, corion, ammios, vesícula umbilical, alantóides, placenta e cordão umbilical.

Os aparelhos digestivo, circulatório, respiratório, genital e urinário, nos fetos, se revestem de uma forma rudimentar, quase até o final do seu desenvolvimento, quando se transformam e se aperfeiçoam. Os fetos se alimentam e respiram através da placenta e, ao nascerem, pesam em média de 60 a 80 gramas.

A gestação das coelhas é de 30 a 31 dias, sendo a de menor duração entre os animais domésticos. Pode, no entanto, variar de acordo com a precocidade, raça, idade dos reprodutores e número de fetos, pois quanto mais láparos (filhotes), menor a sua duração, ocorrendo o inverso, quando o número de fetos é menor.

Em geral, os partos normais ocorrem após um período de gestação de 29 a 33 dias mas, em cerca de 95% dos casos, ocorrem em 30 dias. Alguns autores, no entanto, citam casos de gestações de até 40 a 43 dias. Quanto ao número de láparos, a média costuma ser de 8 a 9, mas existem casos de 14 ou até mesmo 16 filhotes por parto.

Durante a gestação, as coelhas sofrem modificações em sua conformação, anatomia e alterações fisiológicas ou de funcionamento. O local no qual essas alterações são mais expressivas é, sem dúvida, no útero, que aumenta de volume, modifica a sua forma e consistência.

Os ovários ficam aumentados devido à existência dos corpos amarelos ou lúteos, a vagina fica flexível e se distende, a vulva torna-se avermelhada e congestionada. O útero tem aumentada a sua irritabilidade e excitabilidade e pode se contrair. As glândulas mamárias também aumentam de volume. Além desses modificações locais, anatômicas e fisiológicas, existem ainda as de ordem geral, que afetam as funções orgânicas gerais. Entre elas temos:

– digestão mais ativa e por isso as gestantes têm muito apetite e engordam com mais facilidade;
– respiração mais acelerada no final da gestação;
– temperatura um pouco mais elevada;
– aumento na secreção urinária;
– início da secreção láctea;
– desaparecimento do cio;
– ficam mais calmas.

No final da gestação, 3 a 4 dias antes do previsto para o parto, deve ser colocado à disposição da coelha um ninho com uma camada de palha bem seca e em pedaços de 10 a 15cm de comprimento, no máximo.

É preciso, ainda, um bebedouro com água limpa e fresca, não só para que a coelha não sinta sede e devore as suas crias, mas também para a produção de leite. É importante, também, que seja fornecida uma alimentação fresca, abundante, sadia e adequada, composta de alimentos nutritivos e digestivos. O melhor é fornecer-lhes uma boa ração balanceada e o verde, à vontade. Uma alimentação defeituosa ou a falta de água podem provocar o canibalismo na coelha, isto é, o hábito ou prática de comer os filhotes.

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14 de outubro de 2018 20:15

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