O parto das cabras

O parto das cabras

O parto é a expulsão do feto ou fetos do útero, após completar o seu desenvolvimento na vida intra-uterina. Ocorre devido às contrações uterinas e abdominais (“dores do parto”). As contrações uterinas são regidas por determinados hormônios e movimentos reflexos dos fetos, sendo elas que provocam as “dores do parto”.

As secreções vaginais aumentam, lubrificando as paredes da vagina, para facilitar a saída dos fetos. O colo do útero (cervix) possui um tampão mucoso que, também tem a mesma função, facilitando a saída dos fetos.

O primeiro cuidado que devemos ter, relacionado diretamente com o parto, é resolver se separamos ou não a cabra do seu lote. Como, em geral, as cabras novas são reunidas em lotes, desde pequenas, muitas vezes pode ocorrer que ao ser dele separada, a cabra fique nervosa e entre em “stress”, o que não é aconselhável. Assim sendo, se separarmos uma parturiente das suas companheiras e notarmos que ela está muito agitada e agoniada para voltar ao seu antigo lugar, às vezes até tentando pular a cerca, o melhor é levá-la imediatamente para lá e deixá-la ter os seus cabritinhos junto “às tias”, pois ela se sentirá mais segura.

As cabras, em geral, têm os seus partos normalmente. Na maioria das criações, é muito raro que se tenha algum problema com isso. As próprias cabras livram os cabritinhos da placenta ou secundina e os lambem, não só para limpá-los de todas as matérias e “sujeiras” da pele mas também para ativar a circulação sangüínea periférica e, com os dentes, cortam o cordão umbilical. A placenta é expulsa logo depois de nascido o último cabrito.

O criador deve estar preparado para prestar toda a assistência necessária, inclusive chamando um médico veterinário, mas não deve intervir e nem mesmo mexer nos cabritinhos pois, em alguns casos, a cabra pode injeitá-los. O criador só deve interferir quando ocorrer algum problema sério, como no caso de o filhote não poder nascer. Nos partos anormais (distócicos) ou de crias fracas, assim que o filhote nascer, deve ser virado de cabeça para baixo, limpadas as suas narinas e dada a famosa “palmadinha”, para despertar o filhote para a vida ao ar livre, para que comece a respirar.

As cabras em gestação, as parturientes e as recém-paridas devem ficar bem sossegadas, longe de muito movimento e barulho, principalmente fortes e súbitos, que as assustem muito, mas sempre sob vigilância contínua. O criador, no entanto, só deve mexer com elas em casos de absoluta necessidade.

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4 de outubro de 2018 16:02

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