Indústria da cana-de-açúcar já pediu socorro ao governo, mas ainda não teve ajuda; custos de produção do campo também são impactados
A queda nos preços do petróleo a patamares jamais vistos agrava a crise do setor de cana-de-açúcar no Brasil. Com o isolamento da população, houve queda no consumo de combustíveis e os preços do etanol não param de cair no país. Segundo levantamento do Cepea, de fevereiro a abril, o etanol acumula queda de 35%. O preço saiu de uma média de R$ 2,12 para R$ 1,38.
Antes da crise de saúde, o setor sucroenergético brasileiro esbanjava otimismo e projetava um ano de ouro com medidas de estímulo aos combustíveis renováveis. Em pouco tempo, o cenário mudou totalmente e, agora, a indústria pede socorro.
A bancada ruralista já encaminhou pedido ao Ministério da Agricultura solicitando R$ 9 bilhões em linhas de crédito para incentivar a produção e também estocar 6 bilhões de litros de etanol. Até agora, não houve resposta concreta por parte do governo, que estuda isentar temporariamente o biocombustível de Pis/Cofins entre outras medidas.
O mercado de grãos também sente o peso da desvalorização do petróleo. As bolsas que negociam soja, milho, trigo, café registraram quedas de mais de 2% na segunda-feira (20/4) e, nesta terça-feira (21/4), mantêm a trajetória de baixa, assim como o petróleo, que continua caindo.
Por outro lado, há uma tendência de queda nos custos de produção dentro e fora das fazendas. Insumos como diesel para maquinários e até adubo têm interferência direta das cotações do óleo.
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