Seca, geada, granizo e excesso de chuva foram os principais eventos que motivaram pagamentos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o resultado das indenizações pagas pelas seguradoras para os produtores rurais que participaram do programa de seguro rural em 2019. Das 95 mil apólices contratadas com o apoio do governo no ano passado, cerca de 9.000 foram acionadas e tiveram indenizações pagas, totalizando R$ 323 milhões.
As lavouras mais afetadas foram as de milho segunda safra, soja, trigo, uva e maçã. No caso do milho segunda safra, 2.639 apólices foram sinistradas, principalmente pela seca, o que resultou em R$ 102 milhões (32%) em indenizações pagas aos produtores.
Além da seca, que provocou indenizações de R$ 151 milhões no total, os principais eventos que motivaram os pagamentos para os produtores foram a geada (R$ 73 milhões), granizo (R$ 59 milhões) e a chuva excessiva (R$ 23 milhões). O Diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, explica que o valor de R$ 323 milhões reflete apenas parte do total pago pelas seguradoras em 2019 e que metade das apólices contratadas no Brasil não tiveram acesso ao programa de seguro rural naquele ano.
“Em 2019, as seguradoras pagaram R$ 2,4 bilhões em indenizações, porém parte dessas apólices não foram subvencionadas. Neste ano, devemos disponibilizar o orçamento de R$ 955 milhões para subvencionar a contratação das apólices, esperamos com isso atender quase toda a demanda por seguro”, afirma.
No ano passado, o valor total segurado com o incentivo do programa oficial foi de R$ 20 bilhões, o maior desde 2006. Para 2020 a estimativa é que esse valor alcance R$ 43 bilhões. De acordo com Loyola, esse montante reforça a importância do programa no desenvolvimento do mercado de seguro rural no país e o consolida com uma das principais políticas agrícolas no momento.
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