Prejuízo com descarte de flores pode chegar a R$ 60 milhões, diz Ibraflor

Após reivindicação, setor conseguiu a liberação da circulação dos caminhões dentro do estado de São Paulo

As vendas de flores e plantas ornamentais registraram queda de 70% no Brasil devido à pandemia do coronavírus. O descarte de produtos pode levar a um prejuízo de até R$ 60 milhões, de acordo com Kees Schoenmaker, presidente do Instituto Brasileiro de Flores (Ibraflor). “Acreditamos que, somente no âmbito dos produtores, os prejuízos atinjam entre R$ 40 milhões e R$ 60 milhões. Se incluirmos atacadistas e o varejo, os valores serão muito maiores”, diz.

Ainda de acordo com Schoenmaker, após as excelentes vendas em março devido ao Dia Internacional da Mulher, em maio, as expectativas eram as melhores possíveis por causa do Dia das Mães. “A situação mudou de uma hora para outra e o setor da floricultura foi atingido de maneira drástica”, acrescenta.

A expectativa é reverter a situação e, para isso, segundo o presidente do Ibraflor, a Prefeitura de Holambra – maior produtora de flores do Brasil -, o governo de São Paulo e o Ministério da Agricultura têm contribuído. Prova disso é que, após reivindicação do Instituto, setor conseguiu a liberação da circulação dos caminhões dentro do Estado.

Apoio de supermercadistas

Segundo o Ibraflor, o Brasil atualmente conta 85 redes de supermercados, que trabalham diariamente com flores e plantas, um total de mais de 2.000 lojas. Para a retomada, pelo menos parcial das vendas aos consumidores, o Ibraflor e as cooperativas Veiling Holambra e Cooperflora pediram apoio à Associação Brasileira de Supermercadistas (Abras) para manter os espaços nos supermercados.

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25 de março de 2020 10:28

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