CAFÉ E DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS (PARKINSON E ALZHEIMER)

CAFÉ E DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS (PARKINSON E ALZHEIMER)

Café e doença de Parkinson – O consumo de café tem-se mostrado eficaz na prevenção de doenças neurodegenerativas como a Doença de Parkinson (DP) e Alzheimer. A grande responsável por esse efeito é a cafeína. A doença de Parkinson é causada por uma degeneração severa dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra do cérebro, causando incapacidade de controle voluntário dos movimentos e levando ao tremor, aquinésia, rigidez e instabilidade postural. De um modo geral, os estudos epidemiológicos sugerem que o consumo de café está inversamente associado ao risco de DP.  Num estudo de corte, homens que consumiam pelo menos 3 a 4 xícaras de café por dia apresentavam um risco 5 vezes menor de desenvolver DP, do que os não consumidores. Num outro estudo prospectivo, homens que consumiam diariamente a quantidade de cafeína correspondente a uma xícara de café possuíam um risco 50% menor de desenvolver a doença, não tendo sido encontrada qualquer associação em relação ao consumo de descafeinado.

 

Café e  Alzheimer –  Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que resulta numa diminuição progressiva das capacidades cognitivas, por aumento dos níveis cerebrais da proteína β-amilóide. Pensa-se que o aumento do stress oxidativo no cérebro possui um papel essencial na patogênese desta doença.  Uma substância ainda não identificada presente no café é a responsável por tornar a bebida um importante aliado na prevenção do Alzheimer. Uma pesquisa publicada no periódico Journal of Alzheimer’s Disease demonstrou que a interação dessa substância com a cafeína aumentou os níveis de um fator do sangue chamado GCSF, responsável por evitar o progresso da doença, em camundongos. Estudos observacionais em humanos já haviam relatado que a ingestão diária de café por adultos e idosos diminui os riscos da demência. Pesquisas prévias da equipe da Universidade da Flórida do Sul, nos Estados Unidos, indicavam ainda que a cafeína é o provável ingrediente do café responsável pela proteção. Isso porque a substância reduz a produção no cérebro de uma proteína anormal chamada beta-amiloide, que, acredita-se, é responsável por causar o Alzheimer. O café com cafeína proporciona um aumento natural dos níveis de GCSF no sangue. Não se sabe ainda como isso acontece, mas há uma interação sinérgica entre a cafeína e essa substância desconhecida da bebida. Segundo os pesquisadores, a ingestão de quatro a cinco xícaras por dia foi suficiente para neutralizar a patologia e a perda de memória nos camundongos com Alzheimer. Para ser eficiente contra a doença, o consumo da bebida pode ter início na idade adulta, entre os 30 anos e 50 anos – mas o consumo precoce aumenta os níveis de proteção.

 

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13 de dezembro de 2018 10:52

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