Coelhos – Sua Criação e Origem
No Brasil, o sucesso da cunicultura se traduz, não só pela sua rápida expansão em termos de volume e número de criadores, mas também pela melhoria do seu padrão zootécnico, com plantéis de alta seleção e rentabilidade.
Criar coelhos no Brasil é um bom negócio porque:
Para confirmar tais afirmações, basta citar o fato de que se prendermos filhotes de coelhos selvagens, eles ficam logo mansos e fáceis de domesticar, mas conservam sempre uma grande tendência à volta ao seu estado selvagem. O contrário ocorre com o coelho doméstico que, quando solto na natureza, retorna com grande rapidez aos seus hábitos selvagens.
Do mesmo tronco, isto é, do coelho selvagem europeu, foram obtidas numerosas raças que variam muito no peso, indo desde os pequeninos coelhos das raças anãs, com menos de 1kg, até os das raças gigantes, cujos exemplares atingem mais de 10kg, o que significa várias vezes o peso de seus ancestrais. Também, grandes e profundas foram as modificações na cor do manto e dos olhos, bem como no comprimento dos pêlos e das orelhas.
Podemos dizer mesmo que, com exceção talvez do cão, nenhum outro animal sofreu tantas e tão profundas modificações durante o seu processo de domesticação.
Confúcio, o grande sábio chinês, 2.500 anos antes da Era Cristã, segundo Charles Darwin, já se referia à existência do coelho na China dos Mandarins.
O coelho, segundo a maioria dos autores, é originário da península Ibérica, mais precisamente da Espanha, embora alguns o julguem proveniente do Norte da África, de onde passou para a Europa e outros, ainda, acreditam que a sua origem tenha sido o sul da Europa.
Nas regiões montanhosas da Arábia Saudita, Síria e Palestina, existe um pequeno animal muito parecido com o coelho e conhecido por sphan, o que provavelmente levou os fenícios a denominarem de Sphania, que quer dizer costa dos coelhos, a região em que desembarcaram, hoje Espanha, tal a quantidade de coelhos que aí se encontram e que confundiram com o sphan, aquele roedor do oriente.
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