Condições ambientais necessárias para a criação de escargots
O clima da região em que desejamos implantar a criação de escargots é um fator de grande importância, decisivo para o sucesso desse tipo de criação. No Brasil, podemos criar escargots em praticamente todo o seu território, que apresenta condições bem mais favoráveis para a helicicultura do que países de climas temperados ou frios, desde que forneçamos a esses animais, instalações que lhes proporcionem as condições ambientais por eles exigidas, principalmente em relação à umidade e à temperatura.
Temperatura
É um dos fatores de maior importância na criação de escargots, porque eles sofrem muito com as temperaturas elevadas pois, devido à constituição dos seus tecidos orgânicos, são muito sujeitos à desidratação. As temperaturas ideais para os escargots são as situadas entre 16ºC e 24ºC. Também as baixas temperaturas não são indicadas para a criação desse molusco, porque diminui o ritmo de seu metabolismo, provocando atrasos no seu crescimento, na eclosão dos ovos e na sua puberdade, o que significa atrasos na produção e na comercialização dos animais. Além disso, temperaturas muito baixas podem fazer com que eles entrem em hibernação, o que só ocorre em climas muito frios, prejudicando ainda mais a produção e aumentando a mortalidade dos animais.
Regime pluviométrico
Significa a incidência de chuvas em uma determinada região nas diversas épocas do ano, dele derivando-se o índice pluviométrico. Sua importância é muito grande para uma criação de escargots porque é utilizado para verificarmos as épocas em que caem as chuvas, sua quantidade ou seu volume, as épocas de estiagem, o volume de água das chuvas que caem nos diversos meses e o seu total durante o ano. Esses dados são importantes porque nos permitem, por exemplo, evitar regiões com poucas chuvas ou muito secas, que são impróprias para a criação de escargots.
Umidade
Um dos mais importantes fatores ambientais ligados à criação de escargots é a umidade. Este fato ocorre devido à grande permeabilidade de seu corpo, fazendo com que eles se desidratem com muita facilidade e rapidez, o que pode levá-los à morte. Por essa razão, a umidade dentro do heliário dever ser controlada, monitorada com higrômetros e alterada artificialmente quando necessário. Para isso utiliza-se, por exemplo, sistemas de aspersão de água.
Ventos
Como um dos principais problemas para os escargots é o seu grau de umidade, que é muito alto, os ventos são muito prejudiciais porque, incidindo diretamente sobre o seu tegumento, aceleram a sua evaporação corporal, provocando uma queda do seu índice de umidade e causando, consequentemente, o seu ressecamento.
A luz
É outro fator de grande importância na vida dos escargots e nos seus hábitos. É provável que, como nos mamíferos e em outras classes de animais, também o organismo dos escargots sofra a influência da luz ou luminosidade, quando prolongada, em suas funções orgânicas. Isto se deve, por exemplo, ao fato desses animais serem bastante ativos durante a noite ou mesmo em dias com pouca luminosidade, mas não quando há sol, mesmo que o solo esteja molhado, como ocorre após as chuvas.
Poluição
Não devemos implantar heliários em locais sujeitos à poluição do ar, da terra ou das águas, não só porque isso pode causar a morte dos escargots mas também porque pode contaminar a sua carne, tornando-a imprópria para o consumo. Por esta razão, devemos evitar heliários muito próximos a lavouras que sejam pulverizadas ou tratadas com defensivos agrícolas ou quaisquer outros produtos químicos.
Altitude
Está, em geral, diretamente ligada à temperatura da região pois, quanto maior a altitude, mais frias são as temperaturas médias das regiões o que, como já foi mencionado, é de grande importância para a criação de escargots. As regiões montanhosas são, de um modo geral, propícias para a criação de escargots, pois eles vivem e se reproduzem bem até 1800m de altitude.
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