Construção de tanques na piscicultura

Construção de tanques na piscicultura

Para a criação de peixes em tanques, é muito importante que o piscicultor disponha de uma fonte segura de abastecimento de água, a qual não se deve prender aos olhos d’água ou desvios de riachos devido aos períodos de estiagem. A construção de uma barragem é o ideal neste caso. Porém, esta deve ser feita nos períodos menos chuvosos— sem que isto signifique a estiagem: o solo muito seco dificulta o trabalho das máquinas.

Escolhido o terreno, parte-se para a sua destoca até que fique em condições de estaqueamento, após a abertura e o enchimento de trincheiras com material compacto que formará o núcleo da barragem. Geralmente, as trincheiras têm a largura da base, o que inclui as paredes internas e externas (os taludes). Estes cuidados essenciais evitam infiltrações.

Depois de se encher o núcleo com água, inicia-se o processo de aterro, que é a barragem propriamente dita. Esta será feita com camadas de terras constantemente compactadas, até que se atinja 5% além da altura desejada. De preferência, a terra deve ser argilosa, o que permite uma barragem mais forte (caso seja arenosa, a compactação terá que ser mais vigorosa). O plantio de alguma vegetação rasteira, como a grama, ajudará no suporte mais resistente à pressão da água. O escoamento da água se faz por meio de comporta.

Entretanto, é natural que o fluxo de água da barragem varie no decorrer das estações climáticas.

A entrada de água se fará por uma de suas extremidades e deve jorrar no tanque a partir de uma altura de, pelo menos, 0,5m em relação à superfície da água. Como é importante preservar a qualidade da água, não se aconselha a construção de tanques em série com distribuição de água coletiva. Assim, uma canaleta individual dos tanques e outra de esgotamento permitiriam, não só o manejo independente dos tanques, como também, uma melhor aeração. Em caso de grande carência de oxigênio, o uso de pás mecânicas ajudará neste sentido.

Quanto ao escoamento, a água a ser retirada deve vir das camadas inferiores ou com pouco oxigênio. O sistema de comportas ajudará neste processo. Para evitar a fuga de peixes por esse sistema, utiliza-se uma tela com malhas.

A profundidade do tanque está diretamente ligada à temperatura da água: quanto mais profundo, menor será a temperatura média da massa. Além disto, tanques mais profundos diminuem os prejuízos com aves predadoras.

Para os revestimentos, algumas opções mais baratas passam pela madeira e alvenaria, ou ainda, plásticos neutros. Mas tijolos em espelho tornam-se uma boa opção no reforço das paredes escavadas.

A distância entre os tanques deve ser adequada para facilitar o manejo.

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20 de novembro de 2018 15:35

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