Peixe de água doce, o peixe-rei (Odonthestes bonariensis) vive em seu habitat natural na região sul do Brasil, mais especificamente nas áreas fronteiriças com a Argentina, país no qual ele é facilmente encontrado.
É um ótimo alimento para consumo humano, pois sua carne é muito saborosa e delicada. Quando adulto, atinge um peso de 1 a 2kg e 35 a 45cm de comprimento. Seu corpo é alongado e coberto de escamas brilhantes, cinza-claro. Possui, no centro do corpo, uma faixa prateada, que é característica da sua espécie.
O peixe-rei é muito empregado para o povoamento de rios, açudes e represas, tanto na Argentina quanto no sul do Brasil. Para a sua criação devem ser tomados os maiores cuidados possíveis, pois ele é muito sensível ao manuseio, ao ambiente e à mudanças bruscas de temperatura. Além disso, é muito exigente quanto à sua alimentação natural.
Os açudes para a sua criação devem ter uma área de, no mínimo, 10.000m² (1 ha), que devem ser preparados previamente, sendo para isso, esvaziados totalmente, para que sejam dele eliminados outros peixes que nele existiam. Devem, também, ser adubados com estercos e depois plantados.
Normalmente, as criações de peixes começam com a introdução de alevinos obtidos de criadores, em estabelecimentos oficiais de criação, ou então, são iniciadas com a utilização de ovos ou até mesmo com peixes adultos.
Devemos levar em consideração que os transportes de ovos, de alevinos ou de peixes adultos, devem ser feitos sempre com o maior cuidado, muito bem protegidos e com a maior urgência possível, para que o período entre a sua saída da criação até a sua chegada aos tanques do novo criador, seja o menor possível. Esta agilidade é necessária para que se evite problemas para os peixes, inclusive lesões e mortes.
A transferência dos ovos, alevinos ou peixes adultos, da vasilha de transporte para outras vasilhas ou para os tanques, deve ser feita aos poucos, com as misturas das águas de cada um deles, para que eles não sofram, principalmente devido a diferenças de temperaturas entre elas.
Os peixes deverão ficar, também, protegidos dentro de uma bacia com água, que é colocada dentro da água do açude, a uma profundidade de 50cm, em local protegido do sol, de bois, cavalos, etc. É necessário, porém, todo o cuidado, para que os ovos ou alevinos não saiam da bacia, levados pela água que a enche.
Um ou dois dias depois, os alevinos começam a nascer e saem da bacia, através da tela que cobre a abertura da vasilha. As membranas vazias de alevinos são reconhecidas porque não mais apresentam duas manchas pretas, que são os seus olhos.
O povoamento do açude pode ser feito, também, pela introdução de alevinos, cujo número varia de acordo com o volume de água à sua disposição.
Quando já existem outras espécies de peixes no açude, o melhor é colocar os alevinos de peixe-rei durante a noite, para que melhor se protejam dos outros peixes.
O peixe-rei deve ser capturado com o emprego de redes de pesca, quando estiverem com peso superior a meio quilo, o que ocorre quando está com mais ou menos 1 ano de idade.
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