Com 5 a 6 anos de idade o tucunaré comum atinge 55cm de comprimento e o peso de 3 a 4kg, enquanto que o pinima atinge de 60 a 70cm. Para apenas engorda-los, o criador deve adquirir alevinos de boa procedência e de boa qualidade. Eles devem ser colocados em represas ou açudes com uma área de, no mínimo, 5.000 metros quadrados. Sua profundidade deve ser de 2 a 3 metros. Devem receber alimentação todos os dias, que pode consistir de camarões de água doce, peixinhos como o lambari, etc. A água para eles deve ser de, no mínimo, 16 a 18 ºC, pois temperaturas mais baixas podem provocar a sua morte. Os tucunarés não sobrevivem por mais de 2 horas, quando submetidos a baixos teores de oxigênio, em ambientes fechados.
Atingem a maturidade sexual com 1 ano de idade. No sul do Brasil, a desova ocorre de setembro a dezembro, enquanto que no Nordeste, entre junho e dezembro, podendo acontecer várias vezes nesse período. A reprodução pode ser preparada da seguinte maneira: preparar um tanque de acasalamento com uma camada de areia espalhada por todo o seu fundo e sobre a qual, debaixo dos iguapés, colocamos alguns ladrilhos, porque os tucunarés procuram superfícies resistentes como paus, pedras, etc., para efetuar a postura. Nesses tanques são colocados vários tucunarés.
Quando começa o seu período reprodutivo, o macho apresenta uma característica sexual secundária, pois, atrás do seu ocipital, surge uma protuberância e ele se torna agressivo em relação aos outros machos, eriçando os raios da sua nadadeira dorsal e saindo em perseguição aos seus prováveis rivais.
O assédio sexual do macho para com a fêmea ocorre da seguinte maneira: ele começa a dar várias voltas em torno das fêmeas para forçá-las a se aproximarem do local que ele escolheu para a postura. Isso ocorre até que ele consiga que uma delas o aceite e o acompanhe, formando assim o casal. Passam, então, a espantar os demais peixes do local que escolheram para a desova.
Em certo momento, a fêmea passa sobre o ladrilho e solta sobre ele os primeiros óvulos. Logo em seguida, o macho nada sobre eles e os fecunda com o seu sêmen. Essa movimentação dura de 1,5 a 2,5 horas, em intervalos de 30 segundos, até que a fêmea deposite todos os seus óvulos e eles sejam fecundados pelo macho. Por serem adesivos, os óvulos ficam presos aos ladrilhos. Em cada postura, o tucunaré-pinima produz de 10.000 a 12.000 óvulos e o tucunaré comum, de 30.000 a 45.000, o que varia de acordo com a idade da fêmea. Em 80% dos casos, os tucunarés fazem pequenos ninhos circulares, com 6 a 13cm de profundidade, escavados em lugares rasos e perto das desova. O macho constrói o ninho com a boca, focinho e nadadeiras, começando sua construção antes da desova e terminando-o após o final da postura. Os serviços são realizados durante o dia e à noite, pelo macho e pela fêmea, embora esta cuide mais da vigilância do ninho e de seus arredores.
Os esboços dos futuros órgãos adesivos das larvas, ou seja, circunferências com um diâmetro inferior a 0,1mm, na cabeça, já podem ser notados quarenta e oito horas antes da eclosão. Quando há a eclosão da larva, os órgãos adesivos da sua cabeça se prendem aos fragmentos da membrana do ovo. A larva possui seis órgãos, dois de cada lado da região superior e um de cada lado da extremidade do focinho. É o muco secretado por esses órgãos que possibilita a fixação das larvas no local da desova e depois, no fundo do ninho.
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