Para esse tipo de marcação é empregado um ferro com a forma de letra, número ou símbolo, identificando o animal, o seu dono ou ambos e é conhecido por marca. Esse ferro deve ser aplicado sobre o couro do animal. Dessa maneira a marca fica gravada em seu couro, identificando-o. É um processo muito doloroso e, além disso, quando a marca é feita fora dos lugares indicados desvaloriza ou até mesmo inutiliza o couro para a comercialização, causando enormes prejuízos aos criadores. É muito comum criadores e boiadeiros, por exemplo, marcarem os animais nas ancas, palhetas ou costelas, causando a desvalorização de milhares de couros.
Para a marca ficar bem feita, o animal deve ser contido em pé ou deitado para que o ferro ou marca, bem quente mas não em brasa, seja aplicado, firmemente, sobre o seu couro. É preciso, no entanto, não deixar queimar muito, para não atravessar o couro e atingir a carne, pois a região fica muito inflamada e em geral se infecciona, além da marca poder desaparecer ou ficar defeituosa. Quando isso ocorrer, devemos aplicar um óleo ou pomada, inclusive para evitar que moscas depositem seus ovos no ferimento, formando bicheiras ou mesmo que o berne aí se instale.
Esse método é o mais prático, conhecido e utilizado em todo o País embora, nem sempre, aplicado com os devidos cuidados.
Para evitar a marcação em locais que desvalorizem os couros, existe o Decreto-lei n º 4.854 de 21 de outubro de 1942, que regulamenta o uso da marca de fogo, na cara, no pescoço, junto à inserção da cauda e abaixo de uma linha imaginária que liga as articulações fêmuro-rótulo-tibial e úmero-rádio-cubital. Estabelece, ainda, o tamanho que podem ser as marcas, ou seja, que os ferros de marcar só podem ter um tamanho máximo que caiba dentro de um círculo com um diâmetro de 12cm.
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