Como escolher o escargot para a criação

Como escolher o escargot para a criação

Quando vamos começar uma criação de escargots devemos, antes de tudo, saber que espécie vamos criar pois, dessa escolha depende, em geral, o sucesso da criação. Somente depois é que vamos escolher as instalações e os métodos de criação.

Pelo que pudemos verificar, as espécies mais reputadas para o consumo são o Helix pomatia, gros blanc ou bourgogne e o Helix aspersaou petit gris. Assim sendo devemos, pelo menos atualmente, fazer uma opção entre esses dois tipos de escargots, apesar de existirem outros.

O melhor e o mais comum, por uma série de vantagens que apresenta para a criação intensiva é o Helix aspersa ou petit gris. Ele é menor do que o Helix pomatia mas os gourmets o consideram como um dos melhores. Sua concha mede 3cm de diâmetro e é cinza estriada de preto. As criações de escargots existentes no Brasil são justamente de Helix aspersa ou petit gris, pois eles aqui se adaptaram, sendo considerados, ainda, como os melhores para a criação em heliários (local onde se cria escargots).

Helix pomatia ou bourgogne é maior do que o petit gris, o mais apreciado pelos gourmets e, por essa razão, o de maior valor mas, ao mesmo tempo o mais difícil de ser criado em cativeiro por ser mais delicado e o menos prolífico, parecendo não se adaptar bem às condições artificiais que lhe são proporcionadas nos heliários. Sua concha é de cor creme e mede 5cm ou mais, de diâmetro.

Para que melhor possa ser feita a escolha passamos, a seguir, a estudar ambas as espécies, separadamente, com o objetivo de verificar qual é a melhor para a criação em cativeiro, ou seja, em um heliário.

Helix pomatia

É, como já o sabemos, o escargot conhecido como bourgogne ou gros blanc, sendo o mais apreciado e considerado, pelos gourmets, como o melhor sob o aspecto culinário e, por essa razão, o de maior valor.

Para a criação, no entanto, o bourgogne apresenta as seguintes desvantagens:

– é o mais difícil de ser criado;
– é um dos mais delicados ou fracos;
– sua mortalidade é muito grande em criações feitas em heliários;
– é de adaptação e aclimatação mais difíceis, exigindo condições de criação especiais e específicas;
– é tardio, pois seu desenvolvimento e o seu crescimento são muito lentos, só estando “prontos” para a comercialização com 3 anos de idade (na Europa);
– é o menos prolífico;
– parece não aceitar bem as condições artificiais da criação em cativeiro.

Helix aspersa

Conhecido como petit gris, apresenta uma série de vantagens para a criação em heliários. Entre elas, apresentamos as seguintes:
– é mais rústico ou resistente do que o Helix pomatia;
– é de aclimatação mais fácil do que o Helix pomatia;
– é mais comum e mais espalhado, geograficamente;
– é mais precoce, estando “pronto” para a comercialização, com menos de 1 ano;
– é mais fecundo e mais prolífico do que o Helix pomatia.
Pelo que podemos verificar pelos dados apresentados podemos, facilmente, chegar à conclusão de que é aconselhável criar o petit gris, ou seja, o Helix aspersa.

Outro escargot que apresenta excelentes qualidades para a criação é o Helix aspersa maxima, uma variedade do Helix aspersa, pois é maior do que o petit gris, sendo, por essa razão, denominado gros gris. Além disso, é mais rústico, mais fecundo e mais prolífico do que o bourgogne ou Helix pomatia.

Os escargots de espécies diferentes não se cruzam e nem devem ser criados juntos, nas mesmas instalações. É aconselhável que sejam criadas espécies diferentes separadas, em instalações diferentes.

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30 de outubro de 2018 00:13

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