Criação de pirarucu em cativeiro
A criação do pirarucu, esse raro peixe de água doce oriundo da região amazônica, é uma realidade em nosso país. Com a possibilidade deste tipo de criação, a pesca predatória pode ser reduzida, fazendo com que essa espécie fique mais distante dos perigos da extinção.
É um peixe carnívoro e muito voraz, fazendo-se necessário que se tenha disponibilidade de carne para alimentar a criação. Para tal, é necessário que se crie peixes forrageiros, como a tilápia ou ainda camarões-canela, para que se possa alimentar os pirarucus.
Para que se produza de maneira viável os peixes forrageiras, técnicos da EMBRAPA indicam a sua criação em açudes utilizados para o banho de búfalos, pois os dejetos desses animais formam uma ótima matéria orgânica que auxilia a engorda dos peixes forrageiros.
O pirarucu oferece uma carne muito saborosa, sem espinhos e que pode atingir até 250kg por peixe. Em uma criação comercial, em uma área de 10 ha, é possível se produzir 10 toneladas por ano deste peixe que apresenta um alto valor de mercado. Para que se obtenha melhores condições de venda para o peixe, este deve ser vendido fresco.
Instalações necessárias
Segundo técnicos da EMBRAPA, o pirarucu necessita de 5 a 10 m² de viveiro, por peixe, e um vertedouro d’água, que permita a secagem do tanque para a despesca.
O tanque deve ter uma profundidade média de 80cm. De acordo com as dimensões do tanque a velocidade de crescimento do pirarucu também varia. De qualquer forma, é um peixe de rápido crescimento.
Reprodução
Como o pirarucu só realiza a primeira desova quando atinge cerca de 40kg, isto torna-se impossível em cativeiro. Para contornar esse problema é necessário que haja um lago na propriedade e que lá sejam criados pirarucus, não menos do que 20, pois não é possível identificar o sexo até pouco antes da desova. Com isso, haverá uma produção de alevinos (filhotes) após o terceiro ano que são pescados com tarrafa.
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