Entenda o que é café gourmet e saiba como prepará-lo
A diferença do café gourmet para o tradicional começa pelos grãos. O primeiro, muitas vezes é feito com grão arábica. Ele tem melhor aroma e menos cafeína que o grão robusta, aquele também usado no dia a dia.
Outro ponto que também diferencia a qualidade é a produção. Segundo Priscila Landgraf, coffee master e gerente de treinamento da Starbucks Coffee Brasil, esse tipo de café apresenta excelente qualidade, que envolve desde a seleção do grão e o cultivo da planta à forma de preparo da bebida, tornando possível obter de um café com nuances diferentes, que se destaca pelo sabor e aroma mais acentuado.
Veja como preparar café gourmet em casa.
A barista Isabela Raposeiras explica que a torra também é importantíssima. “Uma boa torra, com precisão de tempo e calor, resulta em um produto incrível e diferencia um café do outro”.
Em um estudo, a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) concluiu que os consumidores brasileiros ainda não sabem distinguir o café arábica do café robusta, ou o que caracteriza um café gourmet, mas já sabem apontar, relativamente, um bom café. O café arábica é cultivado na América Latina, África, Índia e Indonésia.
Não foi só a variedade de cafés que aumentou no Brasil. O tamanho da dose também. Enquanto aqui, o comum é tomar uma xícara de café, nos Estados Unidos, o normal é um copo. No entanto, o surgimento de novas cafeterias tem mudado esse conceito e o brasileiro passa a experimentar o gosto de tomar um café longo. Na Starbucks, por exemplo, há três tamanhos para os copos, sendo que o menor tem 300 ml.
Outra tendência que o brasileiro está adquirindo também é o paladar para um café mais suave. Nos EUA, a bebida é mais fraca que no Brasil. Priscila explica que o tempo de torra interfere no sabor final da bebida. Quanto mais torrado, mais forte é o sabor do café.
“Geralmente temos a sensação de achar o café brasileiro mais forte, porque temos o hábito de tomá-lo como espresso, e essa forma de se preparar o café o deixa com sabor mais acentuado”.
Dr. Aldir Teixeira da Assicafé, comenta que o café que tomamos não deve ser amargo e ter gosto de ranço. Ele afirma ainda que muitas marcas colocam nomes próprios nas embalagens para enganar o consumidor. “Expressões como café forte, extra forte, torrado a fundo, são para encobrir coisas que não são boas, ou pela torra mais acentuada do café, ou pelo uso de café robusta que é um café de qualidade e preço inferior.” Ensei Neto comenta em seu artigo que os grãos de robusta nem sempre receberam a mesma atenção quanto ao manejo como os de arábica, talvez pelo prejulgamento que sempre se fez quanto às suas características sensoriais.
Porém, recentemente essa regra começou a se modificar. Os produtores de arabica e de robusta estão compreendendo que o principal elemento na composição dos preços é a Qualidade da Bebida e existem diversos movimentos entre os produtores para esse aprimoramento.
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